domingo, 14 de setembro de 2008

Hyatt abre hotel de luxo a sul da Comporta

Diário Económico, 12.09.2008




A cadeia hoteleira norte-americana Hyatt encontrou finalmente um espaço para um 'resort' em Portugal e quer fazer dele o melhor da Europa.

A Herdade do Pinheirinho, em Grândola, vai transformar-se em Pinheirinho Hyatt Golf & Beach Resort, totalmente gerido pela cadeia internacional, apurou o Diário Económico. O acordo com esta empresa de luxo obrigou a Pelicano, empresa promotora do projecto, a rever quase para o dobro o investimento previsto na Herdade do Pinheirinho. “Passou de 167 milhões para 250 milhões de euros porque a Hyatt exige mais investimento, melhores acabamentos e outro tipo de infra-estruturas”, garante ao Diário Económico o administrador da Pelicano, Vasco Cunha Mendes.

Além disso, o próprio projecto do ‘resort’ foi alterado para ser feito de raiz à medida da cadeia internacional. Os dois hotéis inicialmente previstos vão passar a um Park Hyatt de 160 quartos, mas as 2.911 camas turísticas e 714 camas residenciais mantêm-se.

A Hyatt, décima maior cadeia hoteleira do mundo, procurava esta oportunidade há muito tempo. Nicholas Pritzker, ‘vice-charmain’ da Global Hyatt Corporation, afirmou ao Diário Económico que está “muito contente por ter encontrado esta oportunidade excepcional em Portugal”. Este responsável visitou a zona de Grândola e Alcácer do Sal há um ano, a convite do grupo Espírito Santo, que está a desenvolver a Herdade da Comporta. Na altura, Nicholas Pritzker disse ao Diário Económico estar à procura de uma localização para um ‘resort’. “Pode ser no Algarve, mas há projectos muito interessantes a sul do Tejo, na zona de Tróia. É uma zona muito interessante porque tem havido grande cuidado com o ordenamento do território”.

A primeira fase da Herdade do Pinheirinho inclui o hotel e dois ‘apart-hotéis’ e abre entre 2013 e 2014, mais tarde do que o inicialmente esperado porque também “vai ser maior que o previsto”, sublinhou Vasco Cunha Mendes.

Dois mil milhões para Grândola

Com a implosão das torres de Tróia em 2005, vários projectos com décadas de burocracias foram desbloqueados e começaram a andar. Troia Resort (que abriu a primeira fase na segunda-feira), Amorim Turismo, Pestana Tróia, Herdade da Comporta (do grupo Espírito Santo), Costa Terra e Herdade do Pinheirinho são os projectos que se estendem por Grândola e Alcácer do Sal, um total de dois mil milhões de investimento que deverá estar concluído até 2020, já que a Herdade da Comporta demorará 15 anos a ficar totalmente operacional.

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