segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Grandes grupos cobiçam prisão do Pinheiro da Cruz para fins turísticos

Jornal de Negócios
01.09.2008




Os terrenos da prisão do Pinheiro da Cruz, no litoral alentejano, são a jóia mais cobiçada pelos grupos turísticos nacionais. Sonae, Pestana, Amorim Turismo e Espírito Santo estão atentos e já demonstraram, embora de forma velada, apetite por explorar o potencial imenso oferecido por uma área de 1.500 hectares (equivalente a 1.500 campos de futebol) e com uma frente de praia de três quilómetros.

O interesse surge, naturalmente, depois do Governo ter decidido deslocalizar o estabelecimento prisional do Pinheiro da Cruz para a região do Canal Caveira, também no concelho de Grândola. Com esta transferência, o Ministério da Justiça deverá colocar à venda os terrenos da prisão, os quais poderão ser utilizados para fins turísticos. Em tempo de 'vacas magras' a alienação dos 1.500 hectares poderá permitir ao Estado um encaixe financeiro chorudo entre os 5,25 e os 7,5 mil milhões de euros. Este intervalo resulta de se contabilizar o preço de um hectare num intervalo entre os 3,5 e os cinco milhões de euros.

O aproveitamento turístico dos terrenos é inevitável e assumido pelo presidente da Câmara Municipal de Grândola. "Estamos receptivos a uma operação desse tipo desde que o índice de ocupação se mantenha ao nível do que já foi aprovado na costa atlântica", afirmou Carlos Beato ao Negócios.

1 comentário:

Medrosa disse...

Só pensam em construir e derrobar o pequeno patrimonio de árvores que nos resta.
Acho que é um crime úblico o que pensam fazer nessa área. que no futuro será só para alguns e naõ serve em nada o povo português a não ser o encaixe de dinheiro.
Vejam onde podem poupar e não pensem em derrubar.
Esta é uma das melhores zonas de praia do nosso país não façam dela mais um Algarve ou uma costa da caparica