sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Nemátodo, uma praga para além dos pinheiros

.

"A erradicação do nemátodo do pinheiro em Portugal "já não será possível" e na região Centro estão afectados mais de cem mil hectares, foram ideias hoje defendidas no âmbito de um seminário, em Coimbra.
Na opinião do presidente da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais, Vasco Campos, a situação "é muito preocupante e não tem merecido a devida atenção".
"Na região Centro (onde foram detectados dois novos focos), são centenas de milhares de árvores, seguramente mais de cem mil hectares", declarou Vasco Campos aos jornalistas, após intervir no seminário sobre "Nemátodo da Madeira do Pinheiro - Que futuro para a floresta de pinho em Portugal". O nemátodo da madeira do pinheiro é uma doença causada por um verme microscópico transportado por um insecto que contamina as árvores por onde passa, afectando sobretudo a copa e os ramos. "
PÚBLICO, 26.11.2008

Quem, como eu, tem acompanhado desde 1999 a evolução deste problema e a inépcia dos "organismos competentes" não pode deixar de se sentir revoltado.
Há nove anos havia casos isolados, no distrito de Setúbal, que foram encarados com desleixo quando ainda era possível a erradicação da praga se se adoptasse medidas imediatas.

Depois, ao longo dos anos, foram aparecendo árvores afectadas cada vez mais a Sul pelo concelho de Grândola, até Sines pelo menos. Os abates das árvores "doentes", que deviam ter sido coordenados pelo Ministério da Agricultura, faziam-se com grande atraso e de forma errática.
Sei do que estou a falar pois vi pinheiros no meu próprio quintal na zona de Melides adoecer, definhar e morrer sem que as "entidades responsáveis", entretanto alertadas, tivessem reagido.

Quando a área afectada já era muito grande surgiu um plano para a isolar abatendo todos os pinheiros à volta da zona infectada numa faixa de pelo menos três quilómetros para inviabilizar a propagação. Era de tal maneira vasto e oneroso, este plano, que nunca mias se ouviu falar dele.

Depois foi o surgimento da praga no centro do país onde existem pinhais gigantescos. Agora parece já não ser possível qualquer acção eficaz e as consequências são brutais no plano económico e ambiental.

Anda toda a gente preocupada com assuntos que, quantas vezes, não valem um caracol e este crime é remetido para as páginas secundárias dos jornais.
Não me conformo com esta praga da impunidade.
.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Feira Anual de Melides decorre durante o fim de semana

Rádio Sines
14.11.208

A Feira Anual de Melides, decorre este fim de semana, de 14 a 16 de Novembro, no recinto da feira e exposições desta freguesia do Concelho de Grândola.

A feira vai contar com diversos expositores e um animado programa musical.

Na presente edição os expositores dão a conhecer entre outros artigos, artesanato como louças de barro, tapeçarias e vergas.

Os frutos secos, e os doces típicos da região como os rebuçados de pinhão e as alcomonias, são outros produtos a conhecer.

A Zona dos Petiscos, onde se podem saborear várias iguarias acompanhadas do bom vinho Alentejano, é outra das zonas de destaque.

Marcam também presença no certame as exposições de viaturas e equipamento agrícola, assim como os divertimentos.

Paralelamente à feira decorre um programa de animação com um Festival de Folclore, Musica Popular Portuguesa e Acordeonistas.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

PCP perde sede de Grândola com decisão do tribunal

Sol
03.11.2008




O Partido Comunista Português vai ter de devolver as instalações de um dos principais edifícios públicos de Grândola, que o partido ocupou parcialmente em 1974 e na totalidade em 1983.

Nos termos do acórdão do Tribunal Central Administrativo do Sul de 16 de Outubro, a decisão judicial que dá razão ao recurso interposto pelo município de Grândola, dirigido por Carlos Beato, do Partido Socialista.

O edifício em causa era o dos antigos Paços do Concelho. A informação foi avançada esta quinta-feira pela assessoria da Câmara de Grândola.

Em 2007, o PCP apresentou à autarquia uma proposta de três espaços alternativos para a sua sede que não obteve resposta, acusando o executivo socialista de «falta de seriedade».

A decisão judicial é justificada pela necessidade imediata e urgente das instalações, onde serão instalados serviços municipais, e anula a sentença do Tribunal Administrativo de Beja que, em Julho, decretara a suspensão da eficácia da deliberação da Câmara Municipal que, com base na lei, denunciou o arrendamento daquelas instalações.

O PCP pagava desde 1983 uma renda 7,48 euros pelo edifício onde tinha instalado o seu centro de trabalho.