sábado, 9 de agosto de 2008
Também o vimos na Galé
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Tubarão assusta costa alentejana
Correio da Manhã, 04.08.2008
Um animal com cerca de cinco metros de comprimento, que as autoridades marítimas identificam como um tubarão-frade, passou ontem a pouco mais de duas dezenas de metros da costa alentejana provocando o susto entre os muitos veraneantes que se encontravam nas praias do Pego e do Carvalhal, em Grândola.
Surpreendidos com a aparição da criatura marinha – de cor negra e com uma barbatana fora de água – os banhistas foram afastados rapidamente da água pelo pessoal do Instituto de Socorro a Náufragos (ISN).
Os nadadores salvadores tinham sido avisados momentos antes da presença do tubarão-frade por uma lancha particular que navegava na zona e que o avistou.
Os frequentadores da praia do Pego avistaram o peixe cerca das 13h30 gerando-se imediatamente grande burburinho no areal. Um dos socorristas seguiu a passagem do animal com binóculos e confirmou tratar-se de uma aparição raríssima nesta zona costeira.
'Tive de explicar às pessoas que não era um tubarão perigoso, porque a maioria estava convencida que o era devido à dimensão e ao formato da barbatana que saia da água', referiu ao nosso jornal o nadador salvador do ISN, André Mendes.
Os cerca de dez banhistas que se encontravam a banhos na praia do Pego foram obrigados a sair do mar até o animal desaparecer da vista. Na altura muitos veraneantes deslocaram-se para a beira-mar e seguiram durante vinte minutos o percurso do exemplar com excitação e curiosidade, tendo o episódio sido motivo de conversa durante a tarde. 'Passou muito devagar em frente da praia, sempre à tona de água e a pouco mais de vinte metros do areal. Levou quinze a vinte minutos e foi acompanhado de perto pela lancha particular', disse um banhista.
Gabriel Silva, funcionário do restaurante da praia do Pego, nunca tinha visto nada igual nesta zona da Costa Alentejana.
'É a primeira vez que vimos um exemplar desta dimensão. Vi as pessoas um pouco assustadas quando estavam a ser retiradas da água, mas pouco depois voltou tudo ao normal', diz Gabriel Silva.
'PODE REGRESSAR À COSTA'
As autoridades marítimas dizem que a aparição do tubarão-frade junta da costa portuguesa é um acontecimento raro que se pode dever a ferimento ou doença. 'Pode regressar até junto da costa se estiver debilitado', referiu fonte da Capitania do Porto de Setúbal. O animal foi avistado pela hora de almoço em duas praias do concelho de Grândola e ter-se-á afastado cerca de vinte minutos após o primeiro alerta. 'Patrulhámos a costa até à praia da Aberta Nova mas não o vimos. Um pescador disse que o viu a ir para alto-mar', frisou. Há trinta espécies de tubarões nas águas portuguesas. O aquecimento global torna cada vez mais frequente a migração destas espécies.
'ESPÉCIE INOFENSIVA' (João Pedro Correia, biólogo marinho)
Correio da Manhã – Como se caracteriza o tubarão-frade?
João Pedro Correia – É um tubarão vegetariano, pois só come plâncton. Atinge tamanhos bastante consideráveis, podendo chegar aos 12 metros de comprimento, mas é inofensivo.
– É frequente encontrá-lo na costa portuguesa?
– Ocasionalmente aparecem em águas portuguesas. Pelo menos uma ou duas vezes por ano, temos registos desta espécie. É um tubarão de águas frias. Portugal será, por assim dizer, o limite inferior da sua área de acção.
– Em que estado de conservação se encontra?
– Actualmente faz parte do lote de espécies protegidas nas águas europeias. Durante os anos 60 esteve quase extinto na costa da Irlanda, devido à pesca desenfreada. Como tem uma barbatanas muito grande, em especial a peitoral e a dorsal, era comercializado para o Oriente.
Tubarão assusta costa alentejana
Correio da Manhã, 04.08.2008
Um animal com cerca de cinco metros de comprimento, que as autoridades marítimas identificam como um tubarão-frade, passou ontem a pouco mais de duas dezenas de metros da costa alentejana provocando o susto entre os muitos veraneantes que se encontravam nas praias do Pego e do Carvalhal, em Grândola.
Surpreendidos com a aparição da criatura marinha – de cor negra e com uma barbatana fora de água – os banhistas foram afastados rapidamente da água pelo pessoal do Instituto de Socorro a Náufragos (ISN).
Os nadadores salvadores tinham sido avisados momentos antes da presença do tubarão-frade por uma lancha particular que navegava na zona e que o avistou.
Os frequentadores da praia do Pego avistaram o peixe cerca das 13h30 gerando-se imediatamente grande burburinho no areal. Um dos socorristas seguiu a passagem do animal com binóculos e confirmou tratar-se de uma aparição raríssima nesta zona costeira.
'Tive de explicar às pessoas que não era um tubarão perigoso, porque a maioria estava convencida que o era devido à dimensão e ao formato da barbatana que saia da água', referiu ao nosso jornal o nadador salvador do ISN, André Mendes.
Os cerca de dez banhistas que se encontravam a banhos na praia do Pego foram obrigados a sair do mar até o animal desaparecer da vista. Na altura muitos veraneantes deslocaram-se para a beira-mar e seguiram durante vinte minutos o percurso do exemplar com excitação e curiosidade, tendo o episódio sido motivo de conversa durante a tarde. 'Passou muito devagar em frente da praia, sempre à tona de água e a pouco mais de vinte metros do areal. Levou quinze a vinte minutos e foi acompanhado de perto pela lancha particular', disse um banhista.
Gabriel Silva, funcionário do restaurante da praia do Pego, nunca tinha visto nada igual nesta zona da Costa Alentejana.
'É a primeira vez que vimos um exemplar desta dimensão. Vi as pessoas um pouco assustadas quando estavam a ser retiradas da água, mas pouco depois voltou tudo ao normal', diz Gabriel Silva.
'PODE REGRESSAR À COSTA'
As autoridades marítimas dizem que a aparição do tubarão-frade junta da costa portuguesa é um acontecimento raro que se pode dever a ferimento ou doença. 'Pode regressar até junto da costa se estiver debilitado', referiu fonte da Capitania do Porto de Setúbal. O animal foi avistado pela hora de almoço em duas praias do concelho de Grândola e ter-se-á afastado cerca de vinte minutos após o primeiro alerta. 'Patrulhámos a costa até à praia da Aberta Nova mas não o vimos. Um pescador disse que o viu a ir para alto-mar', frisou. Há trinta espécies de tubarões nas águas portuguesas. O aquecimento global torna cada vez mais frequente a migração destas espécies.
'ESPÉCIE INOFENSIVA' (João Pedro Correia, biólogo marinho)
Correio da Manhã – Como se caracteriza o tubarão-frade?
João Pedro Correia – É um tubarão vegetariano, pois só come plâncton. Atinge tamanhos bastante consideráveis, podendo chegar aos 12 metros de comprimento, mas é inofensivo.
– É frequente encontrá-lo na costa portuguesa?
– Ocasionalmente aparecem em águas portuguesas. Pelo menos uma ou duas vezes por ano, temos registos desta espécie. É um tubarão de águas frias. Portugal será, por assim dizer, o limite inferior da sua área de acção.
– Em que estado de conservação se encontra?
– Actualmente faz parte do lote de espécies protegidas nas águas europeias. Durante os anos 60 esteve quase extinto na costa da Irlanda, devido à pesca desenfreada. Como tem uma barbatanas muito grande, em especial a peitoral e a dorsal, era comercializado para o Oriente.
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